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Nossa História

O Laboratório de Análise Política Mundial (LABMUNDO) é uma iniciativa interdisciplinar de pesquisa e ensino lançada em março de 2006. Durante seus primeiros anos, funcionou exclusivamente na Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (EAUFBA). Desde 2011, ele conta com duas antenas que, de modo conjunto e em parceria, asseguram a participação de pesquisadores de diferentes departamentos e centros universitários do Brasil e do exterior: a antena de Salvador, na UFBA, e a do Rio de Janeiro, no Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Univesidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP-UERJ). Seus pesquisadores – professores, doutores, mestres e estudantes de graduação e pós-graduação – atuam em linhas de pesquisa distintas, porém integradas, com o objetivo central de compreender e analisar a ordem mundial contemporânea a partir das grandes transformações sociais, econômicas, políticas, ecológicas, tecnológicas e culturais.

Em 2025, seu fundador, Carlos R. S. Milani, passou a atuar como pesquisador do LABMUNDO, deixando a coordenação da antena Rio sob a responsabilidade dos Professores Rubens de S. Duarte e Pablo de R. Saturnino Braga. A organização da produção científica via redes dinâmicas, a cartografia temática, a compreensão das totalidades abrangentes do sistema-mundo contemporâneo e seus efeitos na sociedade brasileira, na política externa, na realidade dos estados-federados (particularmente Bahia e Rio de Janeiro) – bem como o olhar comparativo sobre a ascendência econômica e política de outros países do Sul e da periferia – são as marcas essenciais dessa frente inovadora no campo das relações internacionais.

Objetivos

O LABMUNDO tem por objetivos principais a análise das seguintes questões:

a) o avanço dos processos de globalização econômica e suas distintas dimensões (comerciais, financeiras, tecnológicas, ecológicas, políticas, culturais, sociais) que acentuam as tensões entre integração e fragmentação, interdependência e autonomia, inclusão e exclusão;

b) as tensões entre o global e o nacional como lócus de poder, de decisão e de regulação dos conflitos e de definição das estratégias de desenvolvimento;

c) a expansão da lógica privada e empresarial em detrimento dos interesses públicos e da regulação sobre os bens coletivos, por exemplo, no que tange aos desafios da proteção ambiental, às mudanças climáticas, às migrações, aos direitos humanos e à segurança coletiva;

d) a mudança das concepções sobre o território e seu planejamento, haja vista os rebatimentos regionais e locais da globalização em termos de desenvolvimento, sobretudo em países periféricos e semi-periféricos do sistema-mundo;

e) a transformação do Estado-nação e a re-definição da política evoluindo de uma dinâmica de atores exclusivos e monolíticos para uma perspectiva multi-atorial das relações internacionais (ONGs de direitos humanos, movimentos ambientalistas, entidades subnacionais, etc.);

f) a ascensão de novas potências (África do Sul, Brasil, China, Índia, Turquia…) na ordem regional e mundial, as coalizões e alianças que estabelecem, as dinâmicas da Cooperação Sul-Sul que desenvolvem, bem como suas demandas por reforma da governança global (no comércio, nas finanças, em termos de segurança internacional, mudanças climáticas, por exemplo).