LABMUNDO e OIMC promovem seminário “Política Externa, Feminismo e Emergência Climática” no IESP-UERJ
Na última sexta-feira, 15 de agosto, o Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ) recebeu o seminário Política Externa, Feminismo e Emergência Climática, organizado pelo LABMUNDO com o Observatório Interdisciplinar das Mudanças Climáticas (OIMC). Dedicado ao lançamento do livro o Política Externa Feminista como branding governista: há congruência entre normas institucionais e práticas de cooperação? (Appris, 2025), escrito pela labmundana Bruna Soares de Aguiar (IRI/PUC-Rio), o evento apresentou uma mesa de discussão sobre as temáticas apresentadas na obra, composta pela autora e pelas pesquisadoras Bruna Bataglia (OIMC), Janaína B. Pinto (LABMUNDO e OIMC) e Paula Drummond (IRI/PUC-Rio).
O painel teve ainda a presença das equipes do Laboratório e do Observatório, ocupando as cadeiras da Sala Olavo Brasil e enriquecendo o debate conduzido pelas palestrantes. Logo antes da mesa, o seminário contou com uma apresentação introdutória ministrada os professores labmundanos Enara Echart Muñoz (Universidade Complutense de Madrid) e Carlos R. S. Milani (IESP-UERJ), coordenador do OIMC e fundador do LABMUNDO. Após o evento, foi oferecido um coquetel de confraternização em celebração do lançamento.
Primeiro livro lançado no Brasil sobre Política Externa Feminista, esta obra examina como os feminismos têm sido, por vezes, instrumentalizados por governos como estratégia discursiva, sem necessariamente se traduzirem em mudanças concretas nas práticas internacionais. A partir da agenda de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento, o livro analisa, como estudo de caso, a relação bilateral entre Suécia e Bolívia, investigando em que medida a rotulagem da política externa como “feminista” influenciou as dinâmicas de poder na relação Norte-Sul. Além de contribuir para o debate sobre os limites e potencialidades da Política Externa Feminista, a obra propõe um método analítico inovador, voltado a pesquisadores e pesquisadoras interessadas em avaliar até que ponto as narrativas feministas têm gerado práticas efetivamente transformadoras nas relações internacionais.